Em maio de 2013, a produção de embalagem recuou 2,23%, na comparação com maio de 2012. Trata-se da primeira retração da produção registrada este ano, fato que reforça a perspectiva de desaceleração no ritmo de atividade do setor. Após um primeiro trimestre de expansão vigorosa, em que a taxa de crescimento alcançou 4,9%, a produção de embalagem acumula no bimestre abril-maio um aumento de 0,7%. Mantido o ritmo, o semestre terminará com crescimento ao redor de 2,5%, em linha com a previsão feita no Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE / FGV apresentado em fevereiro.
A desaceleração foi geral e quatro das cinco classes de produtos, responsáveis conjuntamente por mais de 90% das vendas de embalagem no país, registraram taxa negativa de crescimento, em maio. Apenas a produção de embalagens de vidro permaneceu no terreno positivo, embora também tenha apresentado uma perda de fôlego em relação ao mês de abril.
Retrações observadas em praticamente todas as cadeias produtivas do setor de embalagem costumam indicar movimentos de maior alcance, abrangendo um leque mais amplo de atividades industriais. O setor de alimentos e bebidas, principal destino da fabricação de embalagens, assinalou queda de 0,8%, em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado. O de produtos farmacêuticos teve desempenho ainda mais fraco, com produção 4,3% inferior à de maio de 2012. Setores pouco vinculados à indústria de embalagem, como equipamentos de informática e mobiliário, também experimentaram queda de produção.
Isso mostra que o quadro geral de baixo crescimento da indústria, com poucos investimentos, dificuldades na exportação e uma certa exaustão do consumo já contagia o setor de embalagem. Ainda que o segundo semestre possa reservar alguma surpresa positiva, o mais provável é que o crescimento não vá muito além de 1%. Apesar de modesto, esse resultado asseguraria ao setor um aumento próximo de 2% para o ano de 2013.
Fonte: ABRE
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