O setor de perfumaria, higiene pessoal e cosméticos fechou o primeiro semestre com uma queda de 1% nas vendas, ainda sem descontar a inflação do período. É o que apontam dados preliminares da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Essa é a primeira baixa registrada em 23 anos.
“Desde 1992, quando o setor conseguiu redução da carga tributária e começou a crescer, uma retração nunca havia ocorrido”, afirma João Carlos Basilio, presidente da entidade. Além da diminuição do poder de compra do consumidor ocasionada pela instabilidade econômica do País, a crise hídrica também atrapalhou principalmente a venda de itens de higiene.
“De forma consciente, as pessoas reduziram o tempo ou a frequência de banho, o que causa impacto no consumo de produtos como xampus, sabonetes e condicionadores”, afirma o executivo. Outro fator que se somou à crise foi a decisão do governo, tomada no início deste ano, de passar a cobrar IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) também das distribuidoras de cosméticos.
Para o segundo semestre, Basilio afirma acreditar em um resultado um pouco melhor, impulsionado, sobretudo, pelas vendas de fim de ano. “O Natal de 2015 deverá ser de presentes mais modestos, o que poderá significar um bom espaço para os produtos do nosso setor, na faixa de gastos de até R$ 100”, acredita.
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