Problemas logísticos e atrasos de mais de três anos na inauguração das primeiras lojas borraram a chegada da Sephora ao Brasil. Passadas as dores do parto, a fabricante de cosméticos francesa já se sente confortável para tocar a expansão de sua rede no país. Seu planejamento prevê a inauguração de dez pontos de venda por ano até 2018, e o dobro nos seis anos seguintes. Cumprida esta meta, a Sephora chegaria à marca de 200 lojas no país. A números de hoje, seria a segunda maior operação mundial da empresa, atrás apenas da própria França.

Entende-se o empenho da Sephora em ampliar sua presença no Brasil, hoje restrita a apenas 13 lojas no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Distrito Federal. Pode até ser o efeito novidade, mas o desempenho da empresa no país supera todas as demais operações globais do grupo. No ano passado, o aumento das vendas em volume foi da ordem de 50%. O crescimento da receita, por sua vez, chegou aos 100%. Para efeito de comparação, o faturamento da Sephora na Ásia em 2013 subiu 20%. Na velha e hoje nem tão boa Europa, os números são de tirar a beleza. A fabricante acumulou prejuízos em diversos países do continente.

Neste ano, as vendas no mercado brasileiro devem passar dos R$ 200 milhões. A previsão dos franceses é alcançar R$ 1 bilhão em cinco anos. Procurada pelo RR, a Sephora informou que “não revela dados estratégicos relativos a seus planos de expansão nacionais ou internacionais”.

A Sephora é uma peça importante nos planos de expansão do Grupo LVMH no Brasil. O conglomerado francês, dono de algumas das mais míticas marcas de consumo do mundo, tem contabilizado baixo crescimento no país, notadamente na área de bebidas – cujo portfólio de marcas inclui os champanhes Chandon e Veuve Clicquot.

 

Fonte: Relatório Reservado – 4 de novembro de 2014 – Nº 4.993

 

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