Um novo negócio impulsionado pela necessidade de alimentos que não contenham glúten – proteína encontrada no trigo, aveia, centeio e produtos derivados como massas, bolos, pães e biscoitos – cresce no Brasil. Segundo o Gluten Free Brasil, somente no país, houve um aumento de mais 400% do mercado sem glúten nos últimos 15 anos enquanto o número de consumo dos produtos livres da proteína cresceu pouco mais de 30% ao ano.
Esse aumento deve-se ao fato de o mercado brasileiro estar se adaptando para atender a demanda de um novo público: as pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável. “É crescente o público consumidor que decidiu eliminar o glúten do cardápio por indicação do nutricionista, por desejar uma alimentação saudável ou por influência da mídia”, explica Liza Schefer, gerente de comunicação da Jasmine Alimentos, referência no setor de alimentos saudáveis e funcionais.
A venda de produtos mais saudáveis, como os sem glúten, sem lactose, naturais e orgânicos, está estimulando a economia do setor alimentício, que registrou um aumento de 82% nas vendas entre 2004 e 2009. O crescimento representa uma média de R$ 15 bilhões por ano, conforme mostrou o estudo da Euromonitor, empresa de consultoria para pesquisas. Até o ano passado, o aumento estimado foi de 40%, no Brasil.
Já no exterior, o consumo por esses alimentos é bastante comum. Para ter uma ideia de como esse cenário é impulsionado pelo rápido crescimento da demanda, a compra dos produtos sem glúten somou cerca de R$ 8 bilhões, nos Estados Unidos, em 2010. A estimativa é de que o montante aumente 150%, em cinco anos, e atinja mais de R$ 20 bilhões em 2015.
Novidades brasileiras sem glúten
Segundo dados da Euromonitor, 53% das pessoas que mudaram o cardápio e passaram a eliminar a proteína da sua alimentação optaram porque é mais saudável; 22% preferem produtos sem glúten para ajudar na perda de peso, outros 6% por inflamação, 3% por depressão e 16% por outras razões. “O consumo de alimentos sem glúten está se tornando cada vez mais comum, principalmente aqui no Brasil”, explica a gerente, ressaltando que o desafio das empresas é oferecer produtos de qualidade para substituição dos derivados que contenham a proteína.
Por aqui, junto com essa evolução e tendência, cresce também o lançamento de novos produtos. A Jasmine Alimentos, por exemplo, está lançando a farinha integral de arroz, que substitui a farinha branca de trigo, as misturas para bolo e pão integrais e os novos cookies integrais, sem glúten, ovos, leites ou derivados. “A linha foi criada justamente para atender o consumidor moderno, que está buscando ter cada vez mais uma alimentação saudável, sem produtos que possuem glúten, mas bastante nutritivos”, explica.

Fonte: http://www.atribunamt.com.br/2015/11/alimentacao-mercado-brasileiro-sem-gluten/

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