A participação da indústria de alimentos dentro do setor industrial paulista cresceu entre 2002 e 2012. Mas, no geral, São Paulo perdeu força frente ao parque fabril nacional.
De acordo com o estudo Perfil da Indústria nos Estados 2014, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a participação do setor de alimentos na indústria paulista saltou 10,9% para 15% em uma década, impulsionado pelas commodities agrícolas. “Essa expansão está relacionada com o segmento agrícola, principalmente, de açúcar e álcool. Mas a demanda externa naquele período também estava forte”, lembrou o gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Ele comenta que, além da indústria de alimentos, também tiveram participação no PIB Industrial de São Paulo, o setor automotivo (12,8%), derivados de petróleo e biocombustíveis (10,6%), químicos (8,5%) e máquinas e equipamentos (7,6%). A CNI ainda não compilou dados referentes a 2013 e 2014.
Exportação
O setor mais importante para as exportações industriais de São Paulo também foi o de fabricação de produtos alimentícios, que respondeu por 27,2% do total exportado em 2013. O estudo destaca que o estado responde por 39,8% das exportações de produtos industrializados do País – o primeiro colocado. A indústria paulista vendeu no exterior US$ 48 bilhões em 2013.
Potencial
Com 137.612 empresas industriais em 2013, São Paulo responde por 26,5% do total de empresas que atuam no setor industrial do Brasil. O maior PIB industrial somou R$ 288,6 bilhões em 2012, o equivalente a 29,8% da indústria nacional – uma queda de 7,9 pontos percentuais desde 2002.
O levantamento da CNI verificou que dentre as industriais de São Paulo, 63,9%, eram compostas por microempresas (até 9 empregados), 27,2% pequenas (de 10 a 49 empregados), 7,2% médias fábricas (entre 50 a 249 empregados) e 1,6% grandes indústrias (com 250 empregados ou superior).
Por conta desse perfil, São Paulo arrecadou 42,1% do ICMS nacional na indústria em 2013. A indústria paulista pagou R$ 41,2 bilhões em ICMS naquele ano, conforme o estudo da CNI. A cifra é equivalente a 14,3% do PIB industrial do estado de um ano antes.
A pesquisa revela ainda que o Estado de São Paulo cobra a décima tarifa efetiva mais elevada para o Simples Nacional. A alíquota efetiva média industrial do Simples Nacional de São Paulo era de 6,9% em 2012, superior à média da região Sudeste (6,3%) e à média nacional (6,4%). Minas Gerais tinha a maior alíquota efetiva média da região, 7%.
Regional
A contribuição das fábricas do Rio de Janeiro para o PIB industrial brasileiro aumentou 3,9 pontos percentuais na década. Do total da produção industrial, 14,3% vêm do Rio. Minas Gerais e Espírito Santo registraram aumento na participação de 1,5 ponto percentual cada um. O Pará aparece em quarto lugar, com incremento de 1,1 ponto e Pernambuco em quinto, com pouco mais de meio ponto.
“Os dados mostram que, nos últimos dez anos, tem havido aumento da industrialização fora de São Paulo. A desconcentração industrial é positiva porque leva desenvolvimento para outros estados do País. Mais indústrias significam mais empregos de maior qualidade, salários mais elevados e distribuição de renda”, afirma Renato da Fonseca.
Fonte: http://www.abrasnet.com.br/clipping.php?area=1&clipping=48920
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