O Covid-19, as pressões inflacionárias e as preocupações com a recessão interromperam o ambiente operacional da empresa.
A Estée Lauder Companies Inc. registrou vendas líquidas de US$ 4,62 bilhões no segundo trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2022, uma queda de 17% em relação aos US$ 5,54 bilhões no período do ano anterior, incluindo impactos negativos da moeda estrangeira. As vendas líquidas orgânicas caíram 11%.
Nos seis meses encerrados em 31 de dezembro de 2022, a empresa registrou vendas líquidas de US$ 8,55 bilhões, uma queda de 14% em comparação com US$ 9,93 bilhões no período do ano anterior. As vendas líquidas orgânicas diminuíram 8%.
Ambiente operacional
A pandemia do COVID-19 continuou a prejudicar o ambiente operacional da empresa durante o primeiro semestre do ano fiscal de 2023, incluindo os impactos relacionados ao COVID, afetando o varejo de viagem na Ásia, particularmente Hainan, e o tráfego de varejo na China continental. No varejo de viagem na Ásia, esses desafios levaram ao fechamento prolongado de lojas, bem como à redução de viagens e ao aperto de estoque por parte de alguns varejistas que já haviam feito pedidos antecipando o retorno de viagens que estavam atrasadas.
Durante a primeira metade do ano fiscal de 2023, os negócios da Companhia também foram afetados negativamente pelo dólar forte, juntamente com as pressões inflacionárias e as preocupações com a recessão, o que fez com que alguns varejistas nos Estados Unidos reduzissem seus estoques. Embora as tendências mensais de varejo da empresa tenham melhorado sequencialmente durante o segundo trimestre fiscal de 2023 nos Estados Unidos, o ritmo foi mais lento do que o previsto, resultando em pedidos de reabastecimento menores em comparação com o período do ano anterior.
Fabrizio Freda, presidente e diretor executivo, disse: “Cumprimos nossas expectativas para o segundo trimestre do ano fiscal de 2023, apesar da pressão crescente do COVID-19 na China em dezembro. Muitos mercados desenvolvidos e emergentes em todo o mundo superaram o desempenho de nossa perspectiva de crescimento de vendas orgânicas e, devido ao gerenciamento disciplinado de despesas e à moderação do dólar americano mais forte, superamos nossa perspectiva de lucro por ação diluído ajustado. A fragrância se destacou globalmente, enquanto a maquiagem prosperou em um grande número de mercados, pois nossas marcas estão realizando a promessa do renascimento da categoria à medida que as ocasiões de uso são retomadas.”
Segmentos de Negócios
As vendas líquidas de cuidados com a pele caíram 20%, refletindo principalmente os desafios dos impactos prolongados relacionados ao COVID, incluindo o aperto antecipado de estoque por certos varejistas no varejo de viagem na Ásia e o tráfego limitado de varejo na China continental. Pedidos de reposição menores nos Estados Unidos também impactaram negativamente o crescimento da categoria. O crescimento das vendas líquidas de The Ordinary e Bobbi Brown foi compensado por quedas de Estée Lauder, La Mer, Dr.Jart+ e Clinique.
As vendas líquidas de maquiagem diminuíram 3%, refletindo principalmente os impactos contínuos relacionados ao COVID que afetam o varejo de viagem na Ásia e a China continental, parcialmente compensados pela progressão do renascimento da maquiagem à medida que as ocasiões de uso aumentaram em muitos outros mercados. O crescimento das vendas líquidas da M·A·C e da Clinique foi compensado pelas quedas da Estée Lauder e Tom Ford Beauty.
As vendas líquidas de fragrâncias cresceram em todas as regiões, impulsionadas principalmente pelo crescimento de Estée Lauder, Le Labo e Tom Ford Beauty.
As vendas líquidas de cuidados com os cabelos aumentaram 4%, refletindo o crescimento tanto da The Ordinary, devido ao recente lançamento dos produtos para os cabelos da marca, quanto da Aveda.
Panorama
A Empresa espera que o restante do ano fiscal seja volátil, incluindo riscos associados ao ritmo incerto de recuperação dos consumidores no varejo de viagem e pressionado pelas interrupções em andamento devido ao ambiente em evolução do COVID-19, inflação, interrupções na cadeia de suprimentos e o risco de uma desaceleração em determinados mercados globalmente.
Prevê-se que as vendas líquidas relatadas diminuam entre 14% e 12% no terceiro trimestre do ano fiscal de 2023 em relação ao período do ano anterior.
Para o ano fiscal de 2023, as vendas líquidas relatadas devem diminuir entre 7% e 5% em relação ao período do ano anterior.
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