A beleza limpa teve muitas definições ao longo dos anos e, embora um padrão da indústria não tenha sido estabelecido, um progresso substancial foi feito na educação dos consumidores sobre os produtos e na transparência sobre seus ingredientes – resultante da intensificação da demanda do consumidor.
Aqueles que comprariam esses produtos uma década ou duas atrás de deparariam com uma oferta limitada de marcas e produtos nas prateleiras, menor acessibilidade ao longo do cenário do varejo e considerado mais comuns as palavras da moda como “verde” e “natural”. Atualmente, esses produtos funcionam como muitos de seus principais concorrentes, contam com posicionamentos “não-tóxicos” e “limpos”, além de se aproximarem de tendências de consumo como bem-estar e sustentabilidade.
Uma década atrás, a beleza “limpa” representava apenas 11% do mercado total dos Estados Unidos. Hoje, porém, esse número aumentou significativamente, chegando a 17%, de acordo com o relatório anual Natural and Clean Beauty Regional Series da Kline. O cuidado com a pele (skin care), em particular, tem sido uma das áreas mais transformadoras, com empresas “limpas” superando o crescimento anual do mercado geral de skin care. Além disso, as marcas de cuidados com a pele estão inovando em produtos e em estratégias de marketing, a fim de conquistarem mais espaço no mercado.
A tendência mais recente é a “clean-ical”, um termo que se refere à fusão de ingredientes “limpos” e de nível clínico, combinando diversas considerações dos entusiastas de cuidados com a pele de hoje em dia. A marca Skinfix foi uma das primeiras a entrar nessa tendência e, agora, varejistas como a Sephora estão investindo na promoção de marcas que combinam ingredientes limpos e ativos aprovados pela ciência, como peptídeos, ácido hialurônico e retinol, que tradicionalmente são mais populares entre médicos e esteticistas. Essa tendência também está sendo aplicada em protetores solares, em que marcas como a Supergoop! e a Summer Fridays estão infundindo suas formulações SPF com complexos antioxidantes, niacinamida e bioretinol.
Essa é uma jogada inteligente, considerando que os cuidados com a pele de nível clínico estão crescendo. Marcas receitadas em consultórios médicos estéticos e spas médicos nos Estados Unidos, incluindo a SkinCeuticals e a Alastin, têm alcançado taxas de crescimento recorde nos últimos anos, com incrementos médios de 20% nos últimos dois anos, de acordo com o estudo Professional Skin Care Global Series da Kline. No entanto, ingredientes ativos “limpos” combinados com ingredientes clínicos devem ser considerados mais cuidadosamente pelos consumidores que compram nos canais de venda direta, em massa e premium. O inverso não é tão comum hoje porque o consumidor prioriza cuidados eficazes ao fazer compras no canal de estética.
Fonte: https://cosmeticinnovation.com.br/clean-ical-a-nova-tendencia-do-mercado-de-skin-care/
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