Desde que a pandemia do novo coronavírus começou, logo no início de 2020, as pessoas se viram diante da necessidade de adotar novos hábitos. Assim como tornou-se necessário realizar distanciamento social e adotar medidas eficientes de higiene para combate ao vírus, as possibilidades digitais se tornaram extremamente importantes para boa parte das pessoas. Os hábitos de consumo, portanto, mudaram: compras de supermercado começaram a ser feitas com mais frequência por aplicativo, bem como pedidos de comida e pagamentos online.
Diante de todas as novas tendências, o mercado da beleza também não permaneceria como antes.
As pessoas continuaram adotando cuidados com a beleza pessoal, mas agora realizando compras de produtos online. No Brasil, quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, 35% das pessoas começaram a comprar virtualmente no primeiro ano pandêmico ou aumentaram o volume de compras durante o período, de acordo com pesquisa da Go2Mob.
Uma análise divulgada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOmm) no mesmo ano mostrou que transações online nos primeiros meses de 2020 cresceram 65,7% — o segmento de Beleza e Perfumaria foi o campeão, responsável por uma alta de 107,4%.
Além do trabalho de empreendedores pequenos que começaram a investir em produtos de beleza durante a pandemia, os números positivos no cenário dos cosméticos nesse período de incertezas foram possíveis graças ao investimento de empresas do setor em novas estratégias.
Muitos negócios começaram a realizar mais ativações em ambiente online, a adotar iniciativas de divulgação via influenciadores digitais, e, claro, a investir de forma mais personalizada nas demandas dos clientes. Se as pessoas estão mais em casa, com acesso a plataformas como televisão, smartphones e redes sociais, o período atual talvez tenha se tornado o mais importante para investir na apresentação de cosméticos e produtos similares.
Um grande exemplo do investimento de muitas companhias na personalização de produtos para atender aos desejos dos clientes é o movimento “on demand”. Ele é caracterizado pela produção de diferentes itens de beleza sob medida, de acordo com os gostos e necessidades de cada pessoa.
Afinal, quanto mais as pessoas têm acesso a produtos na internet, mais elas comparam e desejam características únicas daquilo que adquirem: uma consequência direta do consumo digital — especialmente se esses produtos forem divulgados por algum influenciador ou marca que elas confiam e seguem nas redes sociais.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) o setor fechou o primeiro semestre do ano passado com uma alta de 4% em vendas “ex-factory” (faturamento de fábrica, sem adição de impostos sobre vendas). As vendas por e-commerce no país em 2021, de acordo com dados do MCC-ENET, registraram alta de 48,41% no faturamento — artigos cosméticos e de perfumaria, junto a itens médicos e farmacêuticos, correspondem a 6,9%.
A combinação entre vendas online e cosméticos, portanto, segue cada vez mais frutífera, com aumento de possibilidades para consumidores e de faturamento para todo o segmento no Brasil; e isso, que teve impulsionamento devido às mudanças nos hábitos de consumo na pandemia, deve ir muito além após o fim dela.
Fonte: https://revistahec.com.br/como-a-pandemia-mudou-o-mercado-online-de-cosmeticos/
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