A indústria global de embalagens no varejo registrou um crescimento de 3% em 2020, atingindo 3,8 trilhões de unidades, uma das poucas atividades que demonstraram resiliência diante das consequências da pandemia de Covid-19, segundo a Euromonitor International. Em higiene e beleza, que responde por uma grande parcela desse consumo, muitas empresas estão se mobilizando para colocar em prática a economia circular e desenvolver tecnologias para prolongar o ciclo de vida das embalagens.
No Brasil, o Estudo Macroeconômico da Indústria Brasileira de Embalagem, realizado pela FGV para a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), chegou ao valor bruto da produção física de embalagens de R$ 92,9 bilhões no ano passado, um aumento de 22,3% em relação aos R$ 75,9 bilhões alcançados em 2019.
Segundo o estudo, os plásticos representam a maior participação no valor da produção, 39,6% do total, seguidos por papel/cartão/papelão, com 31,6%; metálicas, com 19,9%; vidro, com 4,5%; têxteis para embalagens, com 3,%, e madeira, com 1,4%.
Sustentabilidade em pauta
Os estudos Who Cares Who Does (WCWD) e Consumer Insights 2021, produzidos pela divisão Wordpanel da Kantar, mostram que a pandemia de Covid-19 fez um número maior de pessoas refletirem sobre os impactos humanos na natureza. Além daqueles causados pelo vírus, crises hídricas, falta de insumos, aumento dos preços e escassez de itens também contribuíram para que 62% dos consumidores latino-americanos afirmassem dar mais importância à sustentabilidade hoje e que mais da metade declarasse que houve alteração em seu comportamento de compras.
A Kantar chama os compradores que se preocupam muito com o tema e já estão tomando medidas para reduzir o desperdício de Eco Actives. Hoje, eles representam 8% da população brasileira, com um impacto na cesta de FMCG de R$ 7,9 bilhões, e vêm crescendo desde 2019, podendo representar em 10 anos 20% dos brasileiros e 56% da população mundial.
Para 53% dos brasileiros ouvidos pela Kantar, os sacos plásticos são os mais danosos ao meio ambiente, seguidos das garrafas plásticas (41%). Os consumidores daqui também afirmaram que preferem produtos comercializados em embalagens recicladas (43%) ou feitas com material reciclável (36%).
Brasil pode ser exemplo
Em 2020, a Euromonitor perguntou a consumidores de 40 mercados de beleza e cuidados pessoais se eles se engajavam em uma variedade de comportamentos sustentáveis. O interessante da pesquisa é que os três principais mercados de beleza e cuidados pessoais em 2019 – Estados Unidos (US $ 91,2 bilhões), China (US $ 71,7 bilhões) e Japão (US $ 39,6 bilhões), que respondem por cerca de 40% do mercado global de beleza e cuidados pessoais, classificaram-se entre os níveis mais baixos de desempenho de comportamentos sustentáveis ou éticos, como pode ser visto pelo predomínio do vermelho e do amarelo no quadro abaixo. Os Estados Unidos ficaram em último lugar entre os 40 mercados pesquisados pela Euromonitor em redução do uso de plástico, enquanto o Japão ficou na última posição no uso de embalagens sustentáveis.
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