O mercado de bebidas alcoólicas depois de passar por um período difícil na pandemia de Covid, quando as vendas chegaram a cair 70%, com o fechamento de bares, restaurantes e hotéis, enfrenta agora outros desafios. Além do aumento dos preços dos insumos agrícolas, da elevada carga tributária e do prazo de entregas de equipamentos, a indústria está preocupada com a escassez de vasilhames de vidro.
Em 2020, primeiro ano da pandemia, a produção de vasilhames de vidro no Brasil caiu 5%, de acordo com o IBGE, totalizando 7,3 milhões de unidades. Desde então, o setor vem sendo pressionado pelo desabastecimento. Para os próximos três anos, os fornecedores pretendem investir na produção para suprir a demanda e acompanhar o crescimento da indústria de bebidas.
A estimativa é de que, em 2025, a produção brasileira de vasilhames chegue a quase 9,5 milhões de garrafas e litros de vidro, um crescimento de 22,5% quando comparado ao período anterior à pandemia. Porém, um estudo realizado pela Associação Brasileira de Bebidas, a Abrabe, em conjunto com a consultoria KPMG, que acaba de ser divulgado, alerta para a possibilidade da falta de vasilhames daqui a três anos.
E esta preocupação tem sentido, isto porque o vidro é o principal insumo para o setor, representando mais de 90% das embalagens das categorias de vinho, cerveja, cachaça e destilados.
No setor de bebidas alcoólicas, qual é o maior destaque em termos de venda e faturamento?
No Brasil, entre as bebidas alcoólicas, a cerveja continua sendo o grande destaque. Em termos de consumo, a cerveja representa mais de 90% do total. E devido à presença de vários fornecedores locais e internacionais e, inclusive, de grandes players com atuação global, o mercado é altamente competitivo.
Da mesma forma, no mercado mundial, a cerveja constitui a principal bebida alcoólica vendida, embora com menor participação no mercado, respondendo por 77,5% das vendas em volume.
No caso do Paraná somos o quinto Estado com mais cervejarias no Brasil, ficando atrás de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. Em todo o estado estão em funcionamento 146 cervejarias de todos os portes.
Mas, voltando a questão dos vasilhames, é bom lembrar que a multinacional Ambev vai construir em Carambeí a maior fábrica de garrafas de vidros recicláveis do Brasil. Com investimento de R$ 870 milhões, a planta vai produzir garrafas a partir de cacos de vidros reciclados. A previsão é de que a fábrica comece a operar em 2025, gerando entre 300 e 400 empregos diretos. A expectativa é que a fábrica paranaense resolva os problemas da falta de vasilhames para a companhia.
Fonte: https://bandnewsfmcuritiba.com/setor-de-bebidas-alcoolicas-enfrenta-desafios/
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