Produtores têm enfrentado oscilações do mercado devido às altas dos insumos. No entanto, segundo o presidente da ABIHPEC, o uso de novas tecnologias e perspectivas tem ajudado a manter o mercado ativo 

Uma das expectativas da sociedade em geral é o retorno das atividades do mercado, que ainda mostra uma certa instabilidade, visto as altas dos preços de produtos básicos como gás, itens de cesta básica e combustível. Um dos nichos de mercado que também apresentou certa instabilidade nos últimos dois anos de pandemia foi o de itens de higiene pessoal e cosméticos. De acordo com a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), em um relatório do primeiro semestre deste ano, o setor de higiene pessoal teve um aumento de 11% em relação ao ano anterior, e isso se deve aos cuidados que a população tem tomado para lidar com as infecções do novo coronavírus.

Já o setor de cosméticos apresentou uma certa baixa. Em relação ao ano passado, houve uma queda de 14% de faturamento, segundo a ABIHPEC. Isto se deve tanto à questão do isolamento social ainda em andamento como também da alta dos preços dos insumos. No entanto, a pesquisa mostra que mesmo diante do cenário desfavorável, houve um crescimento de 2,1% na geração de empregos na indústria HPPC. De acordo com o presidente executivo da associação, João Carlos Basílio, “esses números mostram que, mesmo com a pandemia, o consumidor não deixou de comprar os produtos do setor. E que a indústria tem trabalhado com agilidade para oferecer itens mais acessíveis, com alta tecnologia e inovação, para atender as demandas dos brasileiros”.

Segundo Erico Staniscia Britto, diretor da Big Beauty – empresa com base na zona metropolitana de São Paulo, especializada na produção de cosméticos e produtos de higiene pessoal -, é importante manter o foco na produção de qualidade e esperar a normalização da saúde pública para que todos os itens do setor de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) ganhem cada vez mais força. “A manutenção e o rigor da qualidade de produtos cada vez mais adaptados às novas demandas são a chave para manter a indústria ativa, se reinventando mesmo em momentos de crise”, afirmou Erico Bitto.

Mudanças nos hábitos de consumo durante a pandemia

A Revista Forbes, em matéria de fevereiro deste ano, mostrou que o brasileiro não deixou de investir em cuidados estéticos e, mesmo com o isolamento, as marcas de cosméticos faturaram R$ 105,6 bilhões após as compras terem migrado para o e-commerce de maneira majoritária. De longe, ainda de acordo com a matéria, o álcool em gel foi o item de higiene mais vendido, com aumento de 1.076,4% em vendas. Isso tem a ver com a mudança de comportamento do consumidor nesses últimos dois anos. Uma pesquisa realizada pela Perception, em setembro deste ano, mostrou que 81% dos consumidores estão ainda mais preocupados com as questões sanitárias, o que aumentou o consumo de sabonetes e de álcool em uma quantidade muito acima da média. 

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/setor-de-higiene-pessoal-busca-superar-a-crise-com-inovacao,5936086726eb144c615d698b1bb0cf46ge64fjlr.html

 

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